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Resenha: O Menino no Alto da Montanha - John Boyne

  • Thais Oliveira Nascimento
  • 30 de dez. de 2016
  • 3 min de leitura

Título Original: The Boy at the of the Toup of the Mountain

Editora: Seguinte

Ano: 2016

Páginas: 288

Onde Comprar: Saraiva, Submarino, Amazon.

Prefácio

Quando Pierrot fica órfão, precisa ir embora de sua casa em Paris para começar uma nova vida com sua tia Beatrix, governanta de um casarão no topo das montanhas alemãs. Mas essa não é uma época qualquer: estamos em 1935, e a Segunda Guerra Mundial se aproxima. E esse não é um casarão qualquer, mas a casa de Adolf Hitler. Logo Pierrot se torna um dos protegidos do Führer e se junta à Juventude Hitlerista. O novo mundo que se abre ao garoto é cada vez mais perigoso, repleto de medo, segredos e traição. E pode ser que Pierrot nunca consiga escapar.

Resenha

Começamos o livro já sabendo do problema do pai de Pierrot, Wilhelm Fisher, que ao voltar da guerra, se tornou um homem violento, hostil, bebia dia e noite, com a justificativa de que ajudava a esquecer o que viu na guerra. Passou a maltratar Émilie, sua esposa. E a esquecer que tinha um filho. Certo dia, Pierrot, e sua mãe recebem a notícia de que seu pai havia sido encontrado morto. Pierrot ficou arrasado, mas ainda tinha sua mãe para cuidar dele, só que seu destino não é tão bom assim e com apenas 7 anos de idade, o garoto perde também sua mãe, o menino se encontrava sozinho no mundo, não tinha mais seus pais, e não conhecia nenhum parente vivo dele, a não ser sua tia Beatrix, que não sabia onde morava, pois seus pais não mantinham contato com ela.

A vida de Pierrot não foi fácil até aí, ficou órfão, freqüentou um orfanato, teve que sair da França, se distanciar de seu melhor amigo Anshel e de seu cachorro D’Artagnan, que ficou aos cuidados do amigo. Ficou um tempo no orfanato, quando recebeu uma correspondência de Madame Bronstein, mãe de Anshel, dizendo que tinha conseguido contatar sua tia Beatrix, e que ele poderia ir morar com ela.

Pierrot teve uma longa viagem até chegar na Mansão Berghof, onde sua tia era governanta, e o dono era nada mais, nada menos, que Adolf Hitler.

Com o tempo, o Füher começa a se apegar ao menino, e o menino começa a ter orgulho disso, ganha um uniforme da Juventude Hitlerista e passa a seguir os passos do grande ditador. Sabendo claramente, do que acontecia com os judeus.


Os sentimentos que tenho quanto a esse livro são bastante diversos, comecei o livro gostando muito de Pierrot, um menino doce, que não entendia porque existia violência, e porque haviam pessoas que sentiam prazer em machucar os outros.

O livro não vai expor a guerra, não olhamos de frente, só sabemos que ela está lá, presente, como coadjuvante, o foco do autor, foi mostrar a evolução (que na minha humilde opinião, foi regressão) de Pierrot para Pieter, o garoto fofo e gentil desaparece, começa a tomar forma um garoto frio, sem escrúpulos e culpado como todos os outros da Juventude Hitlerista.


A escrita de John Boyne é maravilhosa como sempre, cada livro que leio dele, é motivo para querer ler mais, desde a primeira página embarquei na história, os contextos que Boyne usa são impecáveis, os personagens são fortes, bem desenvolvidos, me impressionei em vários trechos, esse logo abaixo foi o que me chamou mais atenção.


"Você ouviu tudo. Viu tudo. Sabia de tudo. (...)

Você ainda é jovem, tem só dezesseis anos, tem muitos anos pela frente para ficar em paz com sua cumplicidade no que foi feito. Mas jamais convença a si mesmo de que não sabia.

Seria o pior crime de todos."

pág. 205


Não falarei mais além disso, até porque quero que leiam, então. Peguem o livro e devorem. Beijão, até mais e obrigada por terem lido.



 
 
 

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