Resenha: Perdão Mortal - Robin Lafevers
- Amanda Teixeira Lima
- 30 de dez. de 2016
- 4 min de leitura

Título Original: Grave Mercy
Editora: Vergara & Riba
Ano: 2015
Número de páginas: 414
Onde comprar: Saraiva, Submarino, Amazon, Livraria Cultura
Prefácio
Aos dezessete anos, tudo o que Ismae Rienne conhecia era pobreza e homens abusivos: garotos que a atacavam com pedras, um pai violento e um pretendente repulsivo, que a comprou por três moedas de prata. Até que ela é levada para o convento de Saint Mortain, o misterioso Deus da Morte. Lá ela é treinada para se tornar uma habilidosa assassina e descobre que foi abençoada com perigosos dons pelo próprio Mortain. Para provar que merece o título de filha da Morte, Ismae parte em uma importante missão envolvendo a segurança da duquesa da Bretanha e o aniquilamento de seu traidor. Mas, ser uma serva da Morte pode não ser exatamente o que as freiras tinham ensinado no convento. Ismae vai aprender que a independência é conquistada com duras consequências, e que o destino de um país inteiro – e do único homem que ela seria capaz de amar – estão em suas mãos. Estabelecida na França medieval, misturando fantasia com ricos detalhes históricos em estilo “Game of Thrones”, Perdão mortal é o primeiro livro do “Clã das Freiras assassinas”, uma trilogia sofisticada, sombria e emocionante.
Resenha
Olá pessoal, hoje vou contar a vocês como me apaixonei pela obra de Robin LaFevers, não conhecia a autora até me deparar com essa maravilhosa trilogia do Clã das Freiras, que inicia com o livro Perdão Mortal, no qual é narrada a história de Ismae uma jovem moça que vivia na Grã- Bretanha, desde sua infância carregava em seu corpo marcas que induzia todos a pensarem que era filha de Saint Mortain, o deus da Morte.
O livro começa com a triste realidade de Ismae que sofre com a rejeição e o distrato do pai, oferecendo-a em um enlace matrimonial que tornaria sua vida um real inferno, porém é nesse contexto que ela recebe uma oportunidade de recomeço, descobrindo-se filha da morte servindo –o conforme as Ordens do convento, que tem como propósito treinar as donzelas para servirem ao seu senhor e eliminar os traidores da nação, protegendo a todo custo os regentes de seu país.
Esse é um momento em que a Grã-Bretanha está passando por uma fase política muito delicada, após o falecimento do duque sua filha Anne está sendo preparada para ser coroada a Duquesa e assumir seus deveres e responsabilidades, contudo a França deseja ardentemente dominar o país e coloca-se em prontidão para reger e governá-lo. A jovem duquesa Anne conta com ajuda do nobre Gavriel Duval a quem confia sua vida e seu destino, já que para todos os seus conselheiros a solução para essa trama política é um casamento com Conde D’Albert, um homem grotesco e inescrupuloso, o enredo torna-se ainda mais empolgante quando os caminhos de Duval e Ismae se cruzam em prol da proteção e segurança da Duquesa.
“- Boas intenções são apenas mentiras que os fracos contam para si mesmos.(...)”
Essa é uma história envolvente e cativante, uma trama muito bem desenvolvida e alicerçada, apesar de acontecer num período onde existiam condes, duques e nobres dessa linhagem, a escrita é de fácil compreensão, o que faz o leitor perceber a leveza das palavras e a simplicidade de como é contada, cada detalhe o faz querer realmente conhecer o desfecho muito bem arquitetado das intrigas do Reino.
Duval e Ismae são personagens maravilhosos, em minha opinião se completam e em ação nos faz querer partilhar cada momento com eles. Ismae recebe uma missão e tem a chance de servir ao seu deus com excelência e colocar em prática todo seu aprendizado no convento, enquanto Duval o Conselheiro mais Leal da duquesa esconde um grande segredo em relação a sua origem. Com o decorrer da leitura percebe-se que nada e nem ninguém é tão digno de nossa confiança, nem mesmo os protagonistas, e essa incógnita me deixou extremamente curiosa a cada página. Em certos momentos a narrativa fica mais detalhada nos fatos políticos tornando-a um pouco mais lenta, mas a autora logo retoma as cenas de ação que nos faz mergulhar nas circunstâncias vividas por cada um.
“As pessoas ouvem e vêem aquilo que esperam ouvir e ver.”
Confesso que achei muito criativo e inteligente a decisão da Robin LaFevers de ter escrito os outros livros dessa trilogia de forma que fossem narrados pelas outras freiras, dando voz a elas que apesar de serem secundárias em “Perdão Mortal”, são cativantes em suas personalidades. Repito não deixem de conhecer meus queridos Duval e Ismae e saboreiem o sentimento que nascerá entre eles, inicialmente inexplicável, um objetivo, uma missão e uma pergunta: Em quem confiar?
Galera não gosto de spoilers (respeito quem gosta rs) por isso os evito ao máximo, pois eu como leitora amo descobrir as particularidades de cada trama que decido vivenciar, portanto quando escrevo transmito para vocês um resumo do que li e o que senti com essa leitura, o que acrescentou para minha vida. Finalizo essa resenha garantindo a todos que vocês não vão se surpreender com essa obra, que eleva valores como Lealdade, Amor e Bravura, para o Perdão Mortal o meu SUPER INDICO, contem- nos a opinião de vocês, ler e compartilhar é sensacional ...











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