Resenha: Quarto - Emma Donoghue

Título Original: Room

Editora: Verus

Ano: 2011

Páginas: 349

Prefácio

Para Jack, um esperto menino de 5 anos, o quarto é o único mundo que conhece. É onde ele nasceu e cresceu, e onde vive com sua mãe, enquanto eles aprendem, leem, comem, dormem e brincam. À noite, sua mãe o fecha em segurança no guarda-roupa, onde ele deve estar dormindo quando o velho Nick vem visitá-la.

O quarto é a casa de Jack, mas, para sua mãe, é a prisão onde o velho Nick a mantém há sete anos. Com determinação, criatividade e um imenso amor maternal, a mãe criou ali uma vida para Jack. Mas ela sabe que isso não é suficiente, para nenhum dos dois. Então, ela elabora um ousado plano de fuga, que conta com a bravura de seu filho e com uma boa dose de sorte. O que ela não percebe, porém, é como está despreparada para fazer o plano funcionar.

Resenha

Oi Gente, tudo bem com vocês? To aqui com uma grande responsabilidade nos ombros, pois esse livro merece uma resenha encantadora, então vou tentar passar o que senti pra vocês, de uma forma a cativar cada um pela leitura.

A história já começa com a visão do pequeno Jack, que sempre está feliz e sorridente ao lado da mãe. O livro é passado todo na cabecinha dele, não sabemos até o final do livro o nome da guerreira que o criou em torno desses 5 anos, pois para ele, ela é apenas mãe, e não precisa ser chamada de outra maneira. O livro é dividido em três partes, que não posso dizer quais são, pois seria desagradável da parte de quem quer ler o livro. Jack nos mostra o quarto com um carinho muito afetivo, mas mesmo sendo uma criança que está sendo muito bem criada e protegida dentro de um quarto, o leitor se sente meio sufocado a maior parte do tempo.

O que nos deixa um pouco melhor é a forma como ele está sendo ensinado, a ler, a ter cuidados higiênicos, a obedecer, os horários de exercícios físicos, de alimento, de assistir tv. O mundo de Jack é aquele quarto, e ele gosta disso, pois a noção de que a mãe dele está presa por 7 anos dentro de um quarto, longe da família e de sua liberdade, não é apresentado a ele por sua mãe, como forma de proteção.

O livro me deixou no início meio claustrofóbica, mas ao mesmo tempo encantada, o instinto materno é a alma deste livro, o que uma mãe faz para proteger um filho é o que a Protagonista faz para proteger o Jack e muito além.

Meu coração ficou apertado incontáveis vezes, mas se encheu de amor em outras.

A paciência com que ela lidá com a criança, foi o que mais me chamou a atenção, trancafiada, e tendo seu corpo usado quase todas as noites pelo velho Nick, não tira o amor que ela guarda para o filho, não te tira a esperança de sair do quarto, não tira o fato de que mesmo ele tendo nascido em situações cruéis, tenha crescido um menino maravilhoso e cheio de amor.

Terminei o livro suspirando de tão quentinho que estava meu coração, sei que não foi uma história baseada em fatos reais, mas poderia ter sido, existem seres humanos doentes como o Velho Nick que acha que pode tirar a liberdade de outra pessoa e ainda achar que está lhe fazendo favores ao te levar pasta de dente e jeans novos.

Emma escreveu com tanta maestria, que o filme adaptado para as telonas não poderia render menos que um oscar de melhor atriz para Brie Larson.

Quanto a livro e filme, eu tive a experiência contrária, pois assisti o filme, na época do oscar, e li o livro este ano, a atriz não ganhou a estatueta a toa, ela brilhou no papel da mãe de Jack. E o Jacob Tremblay brilhou sendo Jack.

Instinto materno, companheirismo, paciência e muito amor foi o que aprendi lendo este livro. Eu indico muito pra você leitor, não tem como se arrepender da leitura, é maravilhoso o modo como a autora deixa tudo muito bem alinhado. E nos ensina que temos que ter força, seja para proteger um filho, família ou a si mesmo.

Agora vou ficando por aqui, se não vou acabar escrevendo 20 páginas deste livro, e ninguém lê uma resenha de 20 páginas, RS, espero que devorem o livro e se vocês tem alguma sugestão ou comentário sobre a resenha, só nos dizer aqui embaixo. Beijo pessoal e até a próxima.